Produtos nacionais em destaque nas exportações durante a pandemia
Responsável por amenizar os impactos econômicos negativos da pandemia de COVID-19 no Brasil, o agronegócio segue em ritmo acelerado nas exportações.
Mesmo diante da generalizada desaceleração econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus, o agronegócio seguiu funcionando a todo vapor. Devido a necessidade de manter o abastecimento interno e as exportações, o setor não apenas manteve o alto patamar de produtividade e resultados, mas bateu recordes.
As exportações acumuladas no período de janeiro a maio de 2020 alcançaram a expressiva marca de US$ 42 bilhões em receita, o equivalente a mais de R$ 230 bilhões. Este valor simboliza um crescimento de 7,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, além de ser o valor mais alto já registrado nos primeiros cinco meses do ano. Os dados apresentados são do Ministério da Economia, e foram organizados e compilados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Obviamente, isso não significa que o setor está isento de desafios e imune aos problemas gerados pelo atual cenário global, mas indica a força e a capacidade de se adaptar mesmo em momentos de adversidade. Enquanto as exportações para a Argentina, para os Estados Unidos e para a Europa apresentaram queda, um forte remanejamento para a Ásia, especialmente para a China (importadora de 39,3% dos produtos agrícolas brasileiros), manteve o escoamento da produção e garantiu um bom primeiro semestre para o agronegócio.
O setor tem sido um dos pilares de sustentação para o PIB brasileiro e estes foram os principais produtos exportados no período:
- Soja em grãos = US$ 16,3 bi
- Carne bovina in natura = US$ 2,8 bi
- Celulose = US$ 2,6 bi
- Carne de frango in natura = US$ 2,6 bi
- Farelo de soja = US$ 2,3 bi
Os cinco produtos acima foram responsáveis por 63,4% da pauta exportada, sendo que a soja em grãos representa mais da metade desse total. Números expressivos para o carro-chefe do agronegócio brasileiro. Outros produtos como o açúcar e os lácteos também apresentarem desempenho superior ao primeiro semestre de 2019.
Como exemplo, de janeiro a julho de 2020, os lácteos obtiveram aumento de 22,8% em valor nas vendas externas e de 21,9% em volume, graças aos crescentes embarques de leite em pó, creme de leite e leite modificado, por exemplo. Já o açúcar apresentou no último mês (agosto de 2020), aumento de 166,7% na média diária de venda. De janeiro a julho deste ano, o açúcar foi o item mais comercializado nas exportações do grupo sucroalcooleiro (96% das vendas), sendo que o setor apresentou crescimento de 61,7% em relação ao mesmo período em 2019.
A lista poderia se estender ainda mais diante de tantos números positivos. Cabe a todos nós, integrantes da cadeia produtiva agropecuária, garantir que o crescimento do setor seja cada vez maior e mais benéfico ao país. Nesse processo, conte com a RedeAgro e leia outros artigos em nosso blog para que possamos compartilhar conhecimentos e crescer juntos.