Neutralidade carbônica em pauta no Brasil e no mundo
Tema crescente nas discussões globais acerca de metas para a sustentabilidade de empresas e países, a neutralidade carbônica também se relaciona com a realidade do agronegócio.
O Acordo de Paris (2015), assinado por 194 países e pela União Europeia, representa um marco nos esforços coletivos de nações de todo o planeta em prol da luta contra o aquecimento global. Um de seus principais objetivos é limitar o aumento do aquecimento global. Segundo pesquisas, caso não seja possível, as consequências podem causar alterações climáticas catastróficas e irreversíveis.
Na prática, a principal responsabilidade dos países participantes é promover a redução significativa nas emissões de gases poluentes, decorrentes de operações mercadológicas em setores como a indústria e o agronegócio e das emissões de automóveis, por exemplo. No cenário ideal, os países passarão a operar nas próximas décadas com emissão zero de carbono até 2050, atingindo a chamada neutralidade carbônica.
De que modo essa discussão e as medidas a ela relacionadas se conectam com a realidade do agronegócio?
O primeiro ponto de intersecção entre o assunto e a realidade do agro diz respeito à abrangência da discussão. A busca pela neutralidade carbônica é um compromisso firmado por centenas de países e tem sido tratada como meta crucial para nações que são potências globais. A China, por exemplo, por meio de seu presidente Xi Jinping, recentemente reforçou em discurso junto à ONU sobre os esforços do país em promover uma “revolução verde”, atingindo as metas do Acordo de Paris nos prazos estipulados.
Países como Alemanha e França apoiam publicamente e com frequência as práticas internacionais neste sentido. Tendo em vista que o agronegócio brasileiro se destaca em exportações para países de todos os continentes, estar alinhado ao posicionamento sustentável de parceiros comerciais importantes é uma grande vantagem competitiva. Isso nos leva ao segundo ponto da questão.
Da mesma forma que, atualmente, medidas de segurança alimentar e controle de qualidade em toda a cadeia produtiva são itens indispensáveis para conquistar e manter negociações de exportação, a tendência para os próximos anos é de que a neutralidade carbônica se torne um possível critério para acordos comerciais. Ou seja, países que atingirem as metas traçadas podem optar por priorizar negociações com outros que estejam no mesmo patamar de sustentabilidade, preterindo fornecedores que apresentarem esforços e resultados abaixo do desejado.
Ciente de que a produção agropecuária é uma das fontes emissoras de dióxido de carbono (CO2), é imprescindível promover, desde já, medidas que tornem a operação mais sustentável. Um caminho para iniciar essa transição é buscar referências no setor que já obtiveram resultados positivos por meio de ações práticas de aprimoramento, e um exemplo disso é a Fazenda Conforto, parceira da RedeAgro para o Open Farm 2020.
Na programação do evento, que pode ser conferida na íntegra no site oficial, várias palestras se destacam para quem busca mais informações sobre os temas mencionados. Por exemplo:
- GESTÃO PECUÁRIA: CONFINAMENTO – A importância da nutrição, tecnologia e do bem-estar animal na operação de confinamento;
- SUSTENTABILIDADE – Tecnologias para gestão sustentável dos recursos naturais e otimização do rendimento da lavoura;
- INTEGRAÇÃO LAVOURA > PECUÁRIA – Importância das soluções de irrigação, equipamentos agrícolas, tecnologia e serviços dentro da estratégia de integração lavoura-pecuária.
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