Liderança em sustentabilidade e questões ambientais é desafio para o agronegócio
Não basta investir em tecnologia, capacitação humana e inovação: para liderar o mercado agropecuário mundial, o Brasil precisa também assumir compromissos e construir soluções efetivas para questões relacionadas ao meio ambiente.
Em nosso último artigo, abordamos a imagem do agronegócio brasileiro frente à sociedade e ao mercado internacional. Um dos tópicos citados foi o fato de que, infelizmente, o Brasil é visto como um país que tem dificuldades para lidar com as questões ambientais, tema tão delicado e em destaque nos últimos anos. Além dos prejuízos de imagem, problemas como o desmatamento da Amazônia, a venda de madeira ilegal e as queimadas no Pantanal, por exemplo, podem comprometer negócios do país com parceiros internacionais estratégicos.
O presidente recém-eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, já deixou claro que a pauta ambiental será uma constante em seu governo. Grandes empresas europeias e chinesas passaram a exigir rastreabilidade de toda a soja proveniente do Brasil. A Cofco International, por exemplo, que é a maior processadora de alimentos da China e uma das principais compradoras de commodities agrícolas do mundo, já definiu a meta de rastrear toda a soja que compra até 2023, para evitar a aquisição de produtos oriundos de áreas desmatadas. A tendência é que ações semelhantes sejam cada vez mais comuns nos principais mercados globais.
Por último, mas não menos importante, agricultores brasileiros precisam estar atentos aos efeitos do aquecimento global e outras questões climáticas. Ainda há quem torça o nariz para os eventuais impactos disso no mundo e na economia, mas o planeta vem dando indícios há anos de que a situação é grave. Fenômenos recentes e catastróficos como a incomum nevasca no Texas (EUA), nuvens de gafanhotos na América do Sul e tantos outros são sinais de alerta. O que fazer a respeito?
Consciência e responsabilidade ambiental
Já existem iniciativas globais que buscam unificar esforços em prol da preservação do meio ambiente, a partir da adoção de medidas efetivas de combate à poluição e incentivo ao chamado desenvolvimento sustentável. Tudo isso com o objetivo central de combater o aquecimento global a médio e longo prazo. Talvez o mais famoso e amplo esforço nesse sentido seja o Acordo de Paris, assinado em 2015 dentro da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (CQNUMC).
Embora o tratado esteja no âmbito governamental, é fundamental que as empresas do agronegócio se mantenham a par de suas proposições e busquem atuar na mesma direção. Afinal, a adoção de uma consciência ambiental corporativa não é questão de escolha ou de ideologia, mas uma necessidade nas esferas econômicas, sociais, políticas etc. A sobrevivência das empresas e do próprio planeta depende disso.
Tecnologia e colaboração a favor da sustentabilidade
De forma resumida, adotar práticas sustentáveis em sua empresa é uma demanda urgente. Isso pode ser feito, dentre outras formas, a partir da união benéfica entre tecnologia e colaboração institucional. Várias organizações no setor agropecuário já entendem a necessidade de trabalhar em conjunto, compartilhando conhecimentos, experiências e soluções efetivas para problemas comuns ao produtor rural. A RedeAgro foi constituída justamente para apoiar você nesse sentido, e as ferramentas oferecidas por nossas empresas parceiras podem transformar positivamente a realidade de seu negócio. Vamos juntos preservar, produzir e liderar a geração de valor no agro brasileiro.